
“Xenoblade chronicles X definitive edition”, lançado em 20 de março de 2025 para o Nintendo Switch, não é só mais uma remasterização. A Monolith Soft, produtora do game, foi além: junto com os gráficos repaginados, ganhamos novos personagens e um epílogo inédito que fecha com chave de ouro a era do Switch. Apesar de toda a qualidade técnica, o game é feito para um público mais específico: fãs de RPGs japoneses complexos e dispostos a mergulhar em uma aventura de longo prazo.
Mundo aberto cheio de desafios
A história se passa no planeta Mira, onde os poucos humanos que restaram tentam reconstruir a civilização logo após a destruição da Terra. No novo mundo, cada canto conta uma história. Enquanto os últimos humanos tentam reconstruir a civilização, você vai se perder (no bom sentido) entre florestas, desertos e montanhas que se destacam por suas belezas. Dá para explorar tudo com liberdade, mas cuidado: inimigos poderosos podem te pegar desprevenido, exigindo estratégia e o uso dos Skells, que são espécies de robôs gigantes presentes no jogo.
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Diferente da maioria dos RPGs, até as missões secundárias têm peso narrativo em sua campanha. Mas um ponto negativo é que o jogo está totalmente em inglês, o que atrapalha quem não domina a língua, já que até os tutoriais e falas dos personagens estão todos nesse idioma.
Jogabilidade recompensadora
O sistema de combate mescla ataques automáticos com habilidades especiais chamadas Arts. Elas mudam conforme o posicionamento do personagem, dentre outros fatores que desafiam sua criatividade. Também é possível trocar de classe e montar estratégias com os aliados, mas tudo isso exige um tempo considerável para aprender. Mesmo depois de 10 horas, o jogo ainda apresenta novas mecânicas, o que dá a sensação de que a jornada está apenas começando.
Gerenciar os recursos em New Los Angeles e participar de missões online com até 32 jogadores também fazem parte de toda a imersão. Para quem gosta de personalização, o jogo é um prato cheio: dá pra montar seu personagem, escolher divisões e decidir como vai ajudar a reconstruir a cidade.
Visual e desempenho no Switch
A Monolith Soft mostra mais uma vez que entende do hardware da Nintendo. A remasterização traz texturas mais bonitas, cores vibrantes e uma taxa estável de 30 quadros por segundo, até nas batalhas mais agitadas, dando aquela sensação de fluidez no game. O clima do jogo muda em tempo real e alguns cenários, como o nascer do sol em Mira, são de encher os olhos.
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No modo portátil, o jogo roda muito bem, mantendo 720p e sem engasgos. As cutscenes ajudam a esconder os carregamentos, deixando a exploração mais fluida. A trilha sonora em surround harmoniza muito bem com o título.
Vale a pena jogar “Xenoblade chronicles X definitive edition”?
Esse jogo é feito sob medida para quem ama JRPGs clássicos como “Final Fantasy” e “Monster Hunter”, principalmente se você curte narrativas longas e sistemas cheios de opções. Mas a falta de tradução e o ritmo mais devagar dificultam o acesso para quem só quer jogar algo rápido ou direto.
Para a Nintendo e a Monolith Soft, é um título marcante. Ele encerra o ciclo do Switch com estilo e já prepara o terreno para o próximo console. Enquanto o Switch 2 não chega, “Xenoblade chronicles X definitive edition” é um lembrete do que o console ainda é capaz de entregar — e um convite para os fãs hardcore mergulharem de cabeça em Mira.
Veredito
“Xenoblade chronicles X definitive edition” é obrigatório para fãs de JRPGs: visual caprichado, combate cheio de possibilidades e um mundo gigante para explorar. Mas é um jogo exigente, se você tiver paciência para aprender todas as mecânicas, será recompensado com uma das experiências mais marcantes do Nintendo Switch.