
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quinta-feira (24/7) o interrogatório dos réus do núcleo 4, informou a juíza auxiliar do Supremo, Luciana Yuki Fugishita Sorrentino. As oitivas de testemunhas deste núcleo foram encerradas nesta quarta (16).
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os réus do núcleo 4 promoveram ações de desinformação sobre o processo eleitoral e realizaram ataques a instituições e autoridades.
Eles são acusados de cometer os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Quem são e o que diz a acusação
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-major do Exército): A PGR afirma que Barros recebeu instruções para atacar os comandantes do Exército e da Aeronáutica, que não quiseram apoiar o golpe.
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército): A acusação alega que Denicoli atuava como elo entre aqueles que produziam desinformação e os jornalistas e influenciadores que a disseminavam.
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército): A denúncia aponta que ele montou uma estrutura secreta dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para vigiar opositores.
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército): As evidências mostram que ele também incentivava a organização de protestos em frente ao Congresso Nacional, que de fato aconteceram em 8 de janeiro de 2023.
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel da reserva do Exército): A PGR também sustenta que ele teria impresso, no Palácio do Planalto, documentos relacionados à criação de um "gabinete de crise" que seria ativado após um golpe de Estado.
- Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal e ex-membro da Abin): A acusação indica que ele era encarregado de escolher os alvos que seriam investigados pela estrutura paralela da agência de inteligência.
- Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal: De acordo com a PGR, o IVL produziu um laudo falso, criado para gerar dúvidas sobre as eleições e sustentar uma suposta vitória do ex-presidente.
Além das oitivas das testemunhas do núcleo 4, foram encerrados nesta quarta (16) os depoimentos das testemunhas do núcleo 2. Já os nomes arrolados pelos réus do núcleo 3 serão ouvidos entre os dias 21 e 23 de julho.
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