
Os governos do Brasil e da China emitiram uma nota conjunta nesta terça-feira (13/5) apoiando a proposta do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para negociações diretas de paz com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O comunicado foi feito após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim. Há um impasse no momento: Putin quer negociações diretas, sem condições, mas Zelensky exige a declaração de um cessar-fogo de 30 dias para iniciar a conversa.
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"O Brasil e a China acolhem a proposta feita pelo presidente Vladimir Putin no dia 10 de maio de abrir negociações para a paz, bem como a manifestação positiva de Volodymyr Zelensky no mesmo sentido", diz o documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.
"Os governos do Brasil e da China esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes, única forma de pôr fim ao conflito", acrescenta.
Os dois países veem de forma positiva a sinalização para um possível diálogo sobre a paz, e esperem que as negociações comecem o quanto antes, "que contemplem as preocupações legítimas de todas as partes".
Encontro entre Putin e Zelensky é incerto
Brasil e China também destacaram a proposta de paz em seis pontos que apresentaram em maio do ano passado, considerada por Putin, mas rejeitada por Zelensky. A Ucrânia argumenta que o texto beneficia principalmente a Rússia, que iniciou a guerra ao invadir o território ucraniano.
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Há expectativa que Putin e Zelensky se reúnam nesta quinta-feira (15) em Istambul, capital da Turquia, para discutir uma proposta de paz. Porém, o encontro é incerto, já que a Rússia rejeitou que haja condições para a negociação, enquanto a Ucrânia exige um cessar-fogo de 30 dias.