
O 78º Festival de Cannes começou nesta terça (13/5) e adicionou uma regra ao tapete vermelho: não é permitido a nudez. A tendência dominou as vestimentas das celebridades nos últimos anos, mas qualquer estilista que pense em trabalhar com chiffon ou renda transparente na cerimônia francesa terá de alterar o look devido ao aviso proferido apenas 24 horas antes da abertura do evento.
Segundo o portal oficial de Cannes, “a nudez é proibida no tapete vermelho, bem como em qualquer outra área do festival”, decisão tomada “por razões de decência”. "O objetivo não é regulamentar o traje em si, mas proibir a nudez total no tapete vermelho, de acordo com a estrutura institucional do evento e a legislação francesa", afirmou a assessoria do festival. Cannes ainda acrescentou que "roupas volumosas, em particular aquelas com cauda grande, que dificultam o fluxo adequado de visitantes e complicam a acomodação dos assentos no teatro, não são permitidas".
No entanto, os códigos de vestimenta de Cannes não são levados a sério por celebridades. Nomes como Bella Hadid, Naomi Campbell e Kendall Jenner já exibiram o corpo no festival da Riviera Francesa. A aparição de Bianca Censori no Grammy em um vestido transparente fomentou a popularidade da nudez ao mesmo tempo em que resultou em diversas críticas, polêmicas que Cannes deseja manter fora de sua alçada.
Conforme a Agence France-Presse, Halle Berry terá de mudar a escolha de vestido da última hora para se adaptar ao novo código. A estrela de Hollywood integra o júri que escolherá o filme ganhador da Palma de Ouro, principal prêmio do festival. "Eu tinha um vestido incrível para usar esta noite e não posso usá-lo porque a cauda é longa demais", disse a atriz ganhadora do Oscar por A Última Ceia. "A parte da nudez provavelmente também é uma boa regra."
Os desfiles no Grand Théâtre Lumière do Palais exigem obrigatoriamente o uso de trajes de gala. Esporadicamente, as autoridades de segurança de Cannes proibiam a entrada de mulheres que não calçavam salto-alto. Em 2018, as selfies também foram proibidas, registro que o diretor Thierry Frémaux descreveu como “grotescas” – mas grandes nomes da indústria ainda tiram uma foto rápida nos degraus do Palais.
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