
O homem preso por estuprar a própria filha, de 17 anos, na noite do último sábado (13/7), é pai dos adolescentes suspeitos de envolvimento no assassinato do menino João Miguel, de 10 anos, em outubro do ano passado. Junior Celestino é acusado de estuprar a jovem, na invasão do Setor de Chácaras Bernardo Sayão, no Guará II.
Segundo informações da Polícia Militar (PMDF), a denúncia partiu da própria vítima, que relatou ter sido abusada sexualmente pelo pai na sexta-feira (12/7), em uma área de mata nos fundos da residência onde moram.
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O crime teria ocorrido após o pai deixar a esposa em uma parada de ônibus. No local, a polícia encontrou um colchão, e o laudo pericial confirmou a presença de material genético do homem no item. Pai e filha foram encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde o homem foi autuado em flagrante pelo crime de estupro qualificado.
Morte de João Miguel
O homem preso é pai de Jackson Nunes de Souza, de 19 anos. Jackson esteve detido temporariamente desde 27 de setembro, mas foi solto devido à expiração do prazo da prisão, apesar do pedido de conversão para preventiva pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) e do parecer favorável do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. A adolescente é namorada de Jackson.
Jackson confessou à polícia sua cumplicidade na morte de João Miguel, cuja execução teria sido planejada pela namorada – uma das filhas do agressor agora preso. João Miguel, de 10 anos, desapareceu e foi encontrado morto.
As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontam que o crime estaria ligado a um incidente anterior envolvendo o sumiço de um cavalo de Jackson. Familiares da vítima relataram que João Miguel teria soltado o animal acidentalmente, e ameaças de morte teriam sido feitas contra ele. A corda usada para amarrar o corpo da criança, inclusive, seria semelhante à utilizada no cavalo.