
O diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Rodrigo Cota, afirmou que o Brasil reúne todas as condições para se tornar a principal escolha global na instalação de indústrias de processamento de minerais estratégicos. A declaração foi feita nesta terça-feira (13/5) durante o CB Talks: Os desafios da agenda de minerais estratégicos para o Brasil, realizado pelo Correio Braziliense, com apoio do Instituto Escolhas.
O evento reúne especialistas, representantes do setor mineral, autoridades públicas e representantes da sociedade civil para discutir as tensões entre preservação ambiental, direitos de comunidades e interesses econômicos na mineração.
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Segundo Cota, o mundo caminha para uma transição energética inevitável, necessária à sobrevivência das próximas gerações, e essa mudança depende diretamente da disponibilidade de minerais críticos. “A transição energética é inquestionável. E ela depende essencialmente de baterias. Para isso, são necessários minerais como lítio, níquel, cobalto e grafite. O Brasil possui reservas significativas de todos esses elementos”, garantiu.
Ele explicou que, atualmente, o país tem a maior reserva mundial de nióbio, a segunda maior de grafite, além da terceira maior de lítio. Esses minerais são essenciais para a produção de veículos elétricos, aerogeradores, painéis solares e redes de transmissão de energia. “Temos mais de 50 projetos em andamento voltados à pesquisa e produção desses recursos, com destaque para os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Pará”, pontuou.
O diretor destacou ainda que o Brasil não apenas possui matéria-prima em abundância, mas também diferenciais estratégicos que o colocam à frente de outros países. “Temos energia limpa, renovável e competitiva, mão de obra qualificada e capacidade de desenvolver tecnologia própria de processamento. O Brasil é, hoje, a melhor escolha do mundo para abrigar essa nova indústria”, declarou.
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